Muretas de pedra no combate à desertificação

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Resumo: A mureta de pedras consiste, basicamente, no empilhamento em nível de pedras, com intensidade, nas áreas agrícolas de comunidades, com o objetivo de promover a diminuição no carreamento de partículas dos solos em situação de enxurrada. O fenômeno tem grande contribuição na degradação do solo e, portanto, deveria receber especial atenção em ações de conservação. Os benefícios são percebidos no médio e longo prazos, viabilizando a agricultura familiar e contribuindo para o manejo sustentável da Caatinga. Conhecida há muito tempo em outras regiões, esta tecnologia era desconhecida no estado de Alagoas antes dessas ações.

Principais resultados
• Implementação de 10 muretas em 10 propriedades, totalizando cerca de 1.000 metros lineares de extensão;
• Construção de novas muretas pelos próprios agricultores em outras comunidades da região;
• Mudança positiva na paisagem local;
• Possibilidade de desenvolvimento de atividades de produção agrícola;
• Diminuição da velocidade de escoamento das águas superficiais, possibilitando a infiltração e manutenção da umidade nas camadas de absorção das plantas.

Descrição

Período de realização: 02/2002 a 05/2017

Público-alvo e abrangência geográfica: O público-alvo do projeto são os agricultores familiares e a população de baixa renda das cidades de Traipu, Estrela de Alagoas, Batalha e Jaramataia, todas em Alagoas.

Principais atividades desenvolvidas:
• Com a execução dos contratos do Plano Brasil Sem Miséria no agreste de Alagoas, a implantação das muretas de pedra contra a erosão passou a ser prioritária;
• Os técnicos foram, então, capacitados para replicar esta prática com o público beneficiário, que totalizava 3.000 famílias.
• A mureta de pedras consiste, basicamente, no empilhamento das pedras existentes em nível, com intensidade, nas áreas agrícolas das comunidades. Os passos para a implantação em campo seguem o seguinte cronograma: 1. Identificar os locais de maiores declives no terreno através da utilização de nível de mangueira; 2. Marcar as niveladas básicas ou curvas de nível; 3. Cavar as valas, quando for preciso e 4. Empilhar as pedras. Assim, as limitações para implantação desta prática estão na disponibilidade inicial de recursos financeiros e políticas públicas voltadas às tecnologias sociais de fácil replicabilidade em regiões menos favorecidas.

Recursos necessários:
Financeiros:
• Custo para a marcação das curvas de nível, escavação da valas, catação das pedras e empilhamento: R$ 500,00 para cada 100 metros de mureta.

Materiais:
• Os materiais necessários são as pedras e os equipamentos para marcação das curvas de nível, que são: nível de mangueira, trena, martelo, estacas de madeira e enxadeco para a escavação das valas. O nível de mangueira pode ser construído pelo próprio agricultor, com os seguintes materiais: 1 mangueira de 20 metros; duas fita métricas e 20 metros de madeira fina para a base da mangueira.

Contato: Instituto Terraviva | Maceió (AL)
itviva@uol.com.br | (82) 3313-0403

*Prática inserida pelo consultor Rafael Jó Girão (não participante do processo de chamada pública)

Informação adicional

Localização