Sistema de informação em saúde silvestre

R$400.000,00

Site: http://tecnologiasocial.fbb.org.br/siss-geo e www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br

Resumo: Monitorar animais silvestres no Brasil e a partir deles, a emergência de zoonoses, é um desafio para todos os países que buscam conservar a biodiversidade e prever surtos de doenças em pessoas e animais. Em países megadiversos, de grande extensão territorial e diferentes culturas, esse monitoramento é ainda mais difícil. O Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) foi criado para o enfrentamento desta problemática. Com a participação da sociedade, gera em tempo real, via mobile, observações georreferenciadas de animais, alerta precoce de doenças na fauna silvestre, especialmente aquelas com potencial de acometimento humano, possibilitando ações de vigilância e prevenção à saúde.

Principais resultados:
• Atualmente o SISS-Geo conta com 1.974 registros de animais, enviados por usuários de 19 estados brasileiros, a maior parte por colaboradores do Rio de Janeiro (67.2%), Bahia (12.4%), Pará (8.6%) e Minas Gerais (3.5%);
• A capacidade de alerta do SISS-Geo, em tempo real, permite a notificação de casos suspeitos de febre amarela em primatas à diversas secretarias de saúde estaduais, o que hoje se consolida com a parceria em andamento com o Ministério da Saúde para a utilização do SISS-Geo como ferramenta oficial para o registro de animais mortos e doentes de interesse da saúde humana;
• O CISS registra 15.720 usuários, com 81.674 visualizações, de 1.719 cidades de 104 países, com a participação de 33,9% de usuários do sexo feminino e 66,1% do sexo masculino e com a participação majoritária de adultos jovens de 18–34 anos (45,01%).

Descrição

Período de realização: 01/2015 – “sem previsão de finalização”

Público-alvo e abrangência geográfica: Homens e mulheres de todas as faixas etárias e de todo o Brasil, entre estes: profissionais da saúde; profissionais da área ambiental e turismo, estudantes de diversos níveis; agricultores familiares; populações ribeirinhas, povos indígenas, povo tradicionais, policiais do batalhão florestal, montanhistas, pesquisadores e interessados de modo geral.

Principais atividades desenvolvidas:
• Seu desenvolvimento foi concebido com a contribuição de especialistas das mais variadas formações, desde pesquisadores que se debruçam sobre estudos moleculares, taxonômicos, clínicos, ecológicos, conservacionistas de diversos grupos, até comunicadores e estudiosos de modelos computacionais sofisticados. Computacionalmente, o SISS-Geo foi construído pela parceria da Fiocruz com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e baseado em premissas para o uso nas comunidades mais distantes e acessível às pessoas de pouca escolaridade e com equipamentos simples;
• A estrutura do aplicativo móvel foi desenhada para o sistema operacional Android, para ser executado em “smartphones” de reduzida configuração, consumindo pouco espaço de memória e processamento e, em especial, permitindo seu uso “off-line”, o que possibilita ser utilizado em áreas distantes, sem conexão de rede, valendo-se de georreferenciamento por meio do GPS do próprio aparelho;
• Muito além da elaboração dos preceitos de qualidade, o SISS-Geo foi aperfeiçoado em oficinas, a partir do treinamento e seu uso por comunidades tradicionais na Amazônia, na Bahia e Rio de Janeiro;
• Atuando em todo o Brasil, especialmente na Amazônia e Mata Atlântica o projeto inclui treinamentos para a utilização do aplicativo em 31 oficinas em comunidades indígenas e tradicionais e 6 cursos que contemplaram 1.611 pessoas, homens e mulheres de todas as faixas etárias.
• As atividades de treinamento geram o aperfeiçoamento do sistema para melhor entendimento das telas, disposição de cores, botões e textos, a facilitação da navegação para pessoas com deficiência de leitura e pouca habilidade tecnológica e obtenção de versão mais leve e estável, garantindo assim a usabilidade por diferentes perfis de usuários. O resultado desta participação inclui 166 melhorias realizadas em 28 versões lançadas até maio de 2017.

Recursos necessários: Os servidores necessitam de capacidade computacional mínima de 4 TB de armazenamento, 64GB de memória principal e 400 GFlops (400 bilhões de operações por segundo) de processamento, além de estrutura de rede capaz de suplantar as demandas por conexões simultâneas e o acesso e armazenamento de dados e fotos. Nesse sentido, foram necessários os esforços da FIOCRUZ e do LNCC, e evidentemente das instituições financiadoras, para sua viabilização, especialmente para a geração dos modelos matemáticos de favorabilidade e previsão de doenças. Entretanto, após sua instalação, a utilização do SISS-Geo em qualquer região do país demanda apenas de um “smartphone” com sistema operacional Android ou, ainda, acesso à página do projeto na Internet. Desta forma, o uso e a implantação em novas áreas limita-se apenas ao interesse de uso e da existência de uma conexão de Internet, um “smartphone” ou um computador.

Finaceiro: A implantação do projeto é composta pela aquisição de equipamentos específicos no valor aproximado de R$ 200 mil. O custo da equipe anual está em cerca de R$400 mil. No entanto, é fundamental considerar o uso de equipamentos e equipe técnica já instaladas de infraestrutura e pessoal das instituições desenvolvedoras.

Contato: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ | Rio de Janeiro (RJ)
Marcia Chame dos Santos | marcia.chame@fiocruz.br | (21) 3882-9192

*Prática inserida pelo consultor Rafael Jó Girão (não participante do processo de chamada pública)

Informação adicional

Localização

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